ZERO HORA 24 de janeiro de 2014 | N° 17683
EDITORIAIS
A assombrosa constatação de que 14 mil pessoas aguardam por uma consulta ortopédica somente em Porto Alegre, o que, no ritmo atual, exigiria 10 anos para zerar a fila de pacientes, escancara uma falha inaceitável do Sistema Único de Saúde na Capital. E ressuscita episódios que já pareciam relegados ao folclore do sistema público de saúde, como a chamada de pacientes para consultas agendadas anos atrás, caso da professora de piano que solicitou atendimento em 2010 e teve a consulta confirmada para este início de ano.
Ainda assim, para se fazer justiça a um sistema universal que vem se aperfei- çoando a cada dia, é preciso reconhecer que a chamada gestão plena do SUS e o agendamento de consultas pela internet deram mais agilidade às operações. Na maioria das especialidades, a espera é pequena ou inexistente. Porém, enquanto houver demoras de meses ou anos para qualquer paciente, o sistema continuará sendo rotulado de ineficiente.
De acordo com os gestores do Sistema Municipal de Saúde, somente três especialidades entre as 170 atendidas exigem espera de mais de um ano: ortopedia, proctologia e urologia. Pode parecer pouco para quem administra, mas é muito – e inaceitável – para os pacientes que necessitam de atendimento. E pode ser fatal para quem tem algum problema grave.
O SUS está longe de ser o melhor sistema de saúde do mundo, como bravateou certa vez o ex-presidente Lula, mas consegue atender de forma satisfatória um contingente enorme de pessoas. Até por isso, deformações como a fila da ortopedia precisam ser corrigidas com a maior urgência.
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A assombrosa constatação de que 14 mil pessoas aguardam por uma consulta ortopédica somente em Porto Alegre, o que, no ritmo atual, exigiria 10 anos para zerar a fila de pacientes, escancara uma falha inaceitável do Sistema Único de Saúde na Capital. E ressuscita episódios que já pareciam relegados ao folclore do sistema público de saúde, como a chamada de pacientes para consultas agendadas anos atrás, caso da professora de piano que solicitou atendimento em 2010 e teve a consulta confirmada para este início de ano.
Ainda assim, para se fazer justiça a um sistema universal que vem se aperfei- çoando a cada dia, é preciso reconhecer que a chamada gestão plena do SUS e o agendamento de consultas pela internet deram mais agilidade às operações. Na maioria das especialidades, a espera é pequena ou inexistente. Porém, enquanto houver demoras de meses ou anos para qualquer paciente, o sistema continuará sendo rotulado de ineficiente.
De acordo com os gestores do Sistema Municipal de Saúde, somente três especialidades entre as 170 atendidas exigem espera de mais de um ano: ortopedia, proctologia e urologia. Pode parecer pouco para quem administra, mas é muito – e inaceitável – para os pacientes que necessitam de atendimento. E pode ser fatal para quem tem algum problema grave.
O SUS está longe de ser o melhor sistema de saúde do mundo, como bravateou certa vez o ex-presidente Lula, mas consegue atender de forma satisfatória um contingente enorme de pessoas. Até por isso, deformações como a fila da ortopedia precisam ser corrigidas com a maior urgência.
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