JORNAL DO COMERCIO 11/02/2014
César Augusto Trinta Weber
O programa Mais Médicos foi criticado pelas razões políticas de sua concepção, que não escondiam o caráter eleitoreiro da medida, como reação ao movimento social “#vemprarua”, de junho de 2013, por mais saúde, mais educação, mais segurança, mais transporte.
Entretanto, razões de natureza técnica denunciaram o fato de que levar médicos a municípios distantes, sem que o sistema de saúde local dispusesse das condições mínimas de equipamentos, exames, medicamentos e leitos hospitalares, em muito pouco atenderia às necessidades de saúde da população, muitas dessas vulneráveis.
Denunciaram ainda o fato de o Ministério da Saúde não exigir o Revalida – instrumento que comprova a capacidade técnica para o exercício da medicina –, o que colocaria em risco a população, sem falar no agravante do idioma.
Razões como: a) contratação sem garantias trabalhistas; b) demissão de médicos brasileiros pela substituição por médicos estrangeiros; c) utilização desses médicos estrangeiros em ações não permitidas no programa; d) retenção pelo governo de Cuba de cerca de 90% do valor da bolsa paga aos seus médicos; e) reprodução de outras experiências na América Latina, como na Venezuela, onde médicos abandonaram o programa e/ou solicitaram asilo político, foram também apresentadas.
Logo após a sua implantação, as redes sociais, primeiramente, e em seguida os demais meios de comunicação, passaram a noticiar os primeiros erros dos estrangeiros, as primeiras demissões de médicos brasileiros e a utilização dos médicos do programa em atividades proibidas.
Agora, o caso da médica cubana Ramona Matos Rodríguez, que decidiu pedir asilo político no Brasil depois de descobrir que os demais profissionais estrangeiros recebem R$ 10 mil pelo Mais Médicos e que os cubanos recebem US$ 400,00 (cerca de R$ 965,00), ganha as ruas.
Diferentemente do que o governo federal tentou fazer crer a população, a realidade mostra que as reações contrárias ao programa Mais Médicos, desde o seu anúncio, estavam corretas.
Médico
César Augusto Trinta Weber
O programa Mais Médicos foi criticado pelas razões políticas de sua concepção, que não escondiam o caráter eleitoreiro da medida, como reação ao movimento social “#vemprarua”, de junho de 2013, por mais saúde, mais educação, mais segurança, mais transporte.
Entretanto, razões de natureza técnica denunciaram o fato de que levar médicos a municípios distantes, sem que o sistema de saúde local dispusesse das condições mínimas de equipamentos, exames, medicamentos e leitos hospitalares, em muito pouco atenderia às necessidades de saúde da população, muitas dessas vulneráveis.
Denunciaram ainda o fato de o Ministério da Saúde não exigir o Revalida – instrumento que comprova a capacidade técnica para o exercício da medicina –, o que colocaria em risco a população, sem falar no agravante do idioma.
Razões como: a) contratação sem garantias trabalhistas; b) demissão de médicos brasileiros pela substituição por médicos estrangeiros; c) utilização desses médicos estrangeiros em ações não permitidas no programa; d) retenção pelo governo de Cuba de cerca de 90% do valor da bolsa paga aos seus médicos; e) reprodução de outras experiências na América Latina, como na Venezuela, onde médicos abandonaram o programa e/ou solicitaram asilo político, foram também apresentadas.
Logo após a sua implantação, as redes sociais, primeiramente, e em seguida os demais meios de comunicação, passaram a noticiar os primeiros erros dos estrangeiros, as primeiras demissões de médicos brasileiros e a utilização dos médicos do programa em atividades proibidas.
Agora, o caso da médica cubana Ramona Matos Rodríguez, que decidiu pedir asilo político no Brasil depois de descobrir que os demais profissionais estrangeiros recebem R$ 10 mil pelo Mais Médicos e que os cubanos recebem US$ 400,00 (cerca de R$ 965,00), ganha as ruas.
Diferentemente do que o governo federal tentou fazer crer a população, a realidade mostra que as reações contrárias ao programa Mais Médicos, desde o seu anúncio, estavam corretas.
Médico
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