Saúde pública no Brasil é subfinanciada, diz Mercadante. Ministro evitou dizer se é favorável à criação de novo imposto, mas defendeu debate sobre aumento de recursos - 26 de setembro de 2011 | 12h 48 - Anne Warth, da Agência Estado - O ESTADO DE SÃO PAULO.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, afirmou nesta segunda-feira, 26, que o sistema de saúde pública no País é subfinanciado. Mercadante disse que os gastos com saúde por habitante no Brasil são inferiores aos da Argentina, por exemplo, e ressaltou que a questão do aumento de recursos precisa ser enfrentada.
"O que eu posso dizer é que a saúde pública no Brasil é subfinanciada", afirmou o ministro, que participou nesta manhã do seminário "Inovação - O Brasil na Rota do Desenvolvimento Científico e Tecnológico", promovido pela revista "Brasileiros", na capital paulista.
A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou ao Estado que o governo ainda quer a criação de um imposto para financiar investimentos no setor. Mercadante evitou dizer se é favorável à criação de tarifa específica. "A saúde vai ter de melhorar suas condições de financiamento", disse. "Gastamos 47% a menos por habitante do que a Argentina", considerou.
Em entrevista nesta manhã à rádio Estadão ESPN, o presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia, voltou a defender a aprovação do texto original da Emenda 29, que prevê repasse mínimo de 10% dos recursos da União para a saúde. O projeto foi votado semana passada na Câmara, mas a proposta de criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS) foi vetada. O texto agora está no Senado, mas a base aliada já sinalizou que não vai se apressar para votar.
No Brasil, a saúde pública é tratada com descaso, negligência e impostos altos em remédios e tudo o que faz bem à saúde. Médicos e agentes da saúde são poucos e mal pagos; As pessoas sofrem e morrem em filas, corredores de ambulatórios e postos de saúde; As perícias são demoradas e burocracia exagerada; Há falta de leitos, UTI, equipamentos, tecnologia, hospitais e postos de saúde apropriados para a demanda; A impunidade da corrupção desvia recursos e incentiva as fraudes.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
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