CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE, QUINTA-FEIRA, 12 DE JULHO DE 2012
EDITORIAL
Já está bem assentado o entendimento de que uma boa política pública de saúde não pode prescindir da prevenção, ou seja, da disponibilização de serviço e de atendimento que impeçam que as pessoas fiquem doentes. Isso é bom não somente para o cidadão, que terá sua saúde preservada, como também para o Erário, que não será compelido a despender verbas para enfrentar enfermidades que poderiam já ter sido debeladas.
Uma dessas medidas preventivas, sem dúvida nenhuma, é a melhoria do saneamento básico, visando disseminar com universalidade a água potável e a coleta de esgoto. Só assim, com cada família tendo condições de se proteger contra bactérias e outras contaminações, será possível diminuir drasticamente o número de moléstias que afetam os brasileiros.
Em face dessa necessidade de melhorar as condições de habitabilidade nas residências, vem em boa hora o anúncio de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai financiar projetos de saneamento básico em quatro estados da federação, Ceará, Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul. São verbas e projetos que integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ao todo, serão alocados R$ 415 milhões. Desse montante, a maior parte, de R$ 220,1 milhões, será emprestada para a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). A previsão é que aproximadamente 450 mil pessoas sejam atendidas em 11 municípios do Rio Grande do Sul. A Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) receberá R$ 85,2 milhões; a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), R$ 81,5 milhões; e a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), R$ 28,4 milhões. Serão gerados cerca de 10 mil empregos diretos, temporários e indiretos, nos quatro estados.
O convênio firmado entre o BNDES e os estados assegura que obras fundamentais sejam realizadas para melhorar a saúde coletiva de um grande contingente de pessoas. O poder público precisa fazer a sua parte para que todos tenham uma vida saudável e produtiva.
No Brasil, a saúde pública é tratada com descaso, negligência e impostos altos em remédios e tudo o que faz bem à saúde. Médicos e agentes da saúde são poucos e mal pagos; As pessoas sofrem e morrem em filas, corredores de ambulatórios e postos de saúde; As perícias são demoradas e burocracia exagerada; Há falta de leitos, UTI, equipamentos, tecnologia, hospitais e postos de saúde apropriados para a demanda; A impunidade da corrupção desvia recursos e incentiva as fraudes.
quinta-feira, 12 de julho de 2012
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