EDITORIAL CORREIO DO POVO, 14/11/2011
Durante o Congresso Brasileiro de Hematologia e Hemoterapia, o presidente da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, Carmino Antonio de Souza, afirmou que é preciso aumentar a capacitação de doadores de sangue, além de criar mecanismos para fidelizá-los. O evento ocorreu de quinta-feira até este domingo, em São Paulo, na capital.
De acordo Carmino, o percentual dos brasileiros que doam sangue todos os anos é de 1,9%. Desse montante, 40% fizeram doação duas vezes por ano. Entretanto, para zerar o déficit verificado no país, o ideal é que esse número fosse de 5% da população sadia e adulta. Cada homem pode contribuir para a coleta a cada dois meses e as mulheres a cada três meses.
Para o coordenador-geral da Política Nacional de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Guilherme Genovez, participante do 15 Simpósio Nacional de Captação de Doadores de Sangue, que ocorreu dentro do Hemo 2011, o governo federal está atento para o problema da escassez de sangue nos hospitais e está estimulando uma série de projetos para tentar sanar esse grave problema. Um deles é buscar sensibilizar grupos de jovens saudáveis a partir dos 16 anos. Muitos são esportistas e essa adesão numa tenra idade significa que eles serão doadores por muito tempo, por toda a vida.
Um outro local de conscientização sobre a importância do ato solidário da doação é a escola, nos ensinos fundamental e médio. Os alunos das séries iniciais poderão, desde cedo, saber da relevância de ajudar a salvar vidas. Também está em discussão a formação do cadastro nacional de doadores, o qual ainda enfrenta alguns óbices, como a explicitação dos nomes de quem doa.
Manter os estoques de sangue em níveis aceitáveis é responsabilidade de todos. As emergências não esperam e é preciso agir preventivamente.
No Brasil, a saúde pública é tratada com descaso, negligência e impostos altos em remédios e tudo o que faz bem à saúde. Médicos e agentes da saúde são poucos e mal pagos; As pessoas sofrem e morrem em filas, corredores de ambulatórios e postos de saúde; As perícias são demoradas e burocracia exagerada; Há falta de leitos, UTI, equipamentos, tecnologia, hospitais e postos de saúde apropriados para a demanda; A impunidade da corrupção desvia recursos e incentiva as fraudes.
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
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