ANA MARIA ROSSI, PRESIDENTE DA ISMA-BR - ZERO HORA 16/11/2011
O estresse é uma questão internacional que tem causado crescente preocupação. Infelizmente, os milhares de estudos que têm sido feitos sobre o assunto não têm tido sucesso em diminuir o nível de estresse que afeta 70% dos brasileiros, segundo pesquisa da Isma-BR (International Stress Management Association no Brasil). É claro que o custo mais dramático é a perda da saúde da pessoa. E, para o país, estima-se que custe cerca de 4,5% do PIB/ano, considerando-se absenteísmo, presenteísmo e adoecimento.
Recente pesquisa realizada pela Isma-BR, em Porto Alegre, indica alguns dados alarmantes: 72% dos 602 entrevistados consideram sua qualidade de vida regular ou péssima. Desses, 22% revelam que atingiram um nível preocupante e 43% avaliam que estão prestes a detonar seu limite. A principal fonte de estresse apontada por 64% dos participantes são as pressões profissionais.
O estresse se torna crítico e pode causar adoecimento quando a pessoa ultrapassa seus limites por períodos frequentes ou prolongados. Uma rotina extenuante pode desencadear sintomas físicos, emocionais e comportamentais, suprimindo até mesmo o sistema de imunidade e aumentando em até 70% a probabilidade de a pessoa adoecer.
Com a proposta de mobilizar o maior número de pessoas e instituições preocupadas com a manutenção da saúde e melhoria no estilo de vida, a Isma-BR, em 2001, criou o Dia Nacional de Conscientização do Estresse no Brasil, que tem servido de modelo para ações em diversas cidades no país.
Nesse sentido, a Isma-BR promove no domingo, dia 20, o Dia Nacional de Conscientização do Estresse, na Redenção, em Porto Alegre. Através de orientações ao público e oferecendo testes gratuitos para medir o nível de estresse, a Isma-BR, juntamente com instituições preocupadas com a qualidade de vida da comunidade, realizará uma ação alertando para a importância da prevenção e avaliando a suscetibilidade a doenças. O que se quer mostrar é que o estresse pode ser um grande aliado na realização de nossos objetivos. O grande desafio é saber dosá-lo. Invista no seu maior patrimônio: a sua saúde. E esta é uma responsabilidade pessoal e intransferível.
No Brasil, a saúde pública é tratada com descaso, negligência e impostos altos em remédios e tudo o que faz bem à saúde. Médicos e agentes da saúde são poucos e mal pagos; As pessoas sofrem e morrem em filas, corredores de ambulatórios e postos de saúde; As perícias são demoradas e burocracia exagerada; Há falta de leitos, UTI, equipamentos, tecnologia, hospitais e postos de saúde apropriados para a demanda; A impunidade da corrupção desvia recursos e incentiva as fraudes.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário