Diógenes Basegio, médico - jornal do comercio, 20/01/2012
A enfermagem é uma profissão que exige uma dedicação especial do profissional, uma vez que o cuidar do outro em sua integralidade significa não apenas resolver seus problemas físicos, mas também identificar todas as suas necessidades e buscar formas de atendê-las. A equipe de enfermagem é parte integrante da estrutura hospitalar, e muitas vezes constitui maioria em seu quadro de funcionários, mas o número de profissionais contratados ainda é insuficiente para a demanda atual. O número de pacientes que necessitam de tratamento especializado aumentou consideravelmente, exigindo uma assistência cada vez mais eficaz. Os profissionais de enfermagem estão em contato direto com os pacientes submetidos a algum tipo de tratamento, assumindo importante papel junto aos mesmos, porém, percebe-se a constante sobrecarga de trabalho aos enfermeiros e auxiliares de enfermagem nas instituições de saúde e assemelhados, tanto privados quanto públicos, sendo um dos mais graves problemas que o já caótico sistema de saúde gaúcho vem enfrentando. Tal situação acarreta prejuízos tanto aos pacientes quanto aos profissionais.
Para a manutenção da qualidade da assistência e da dignidade destes trabalhadores estamos propondo na Assembleia Legislativa o Projeto de Lei 231/2011, que fixa e estabelece parâmetros para o dimensionamento do quadro de profissionais de enfermagem nas unidades assistenciais das instituições de saúde e assemelhados nos setores públicos e privados do Rio Grande do Sul. Temos convicção de que ao estabelecer esse parâmetro o estado estará promovendo mais qualidade e segurança na prestação do serviço ao paciente-cliente, além da valorização do enfermeiro ou auxiliar, que também terá uma melhor condição laboral. Já se tornara imprescindível desenvolver políticas públicas com a finalidade de propor alternativas para a organização do trabalho desses profissionais compatíveis com a demanda gerada pelo atendimento básico de saúde.
No Brasil, a saúde pública é tratada com descaso, negligência e impostos altos em remédios e tudo o que faz bem à saúde. Médicos e agentes da saúde são poucos e mal pagos; As pessoas sofrem e morrem em filas, corredores de ambulatórios e postos de saúde; As perícias são demoradas e burocracia exagerada; Há falta de leitos, UTI, equipamentos, tecnologia, hospitais e postos de saúde apropriados para a demanda; A impunidade da corrupção desvia recursos e incentiva as fraudes.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
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