No Brasil, a saúde pública é tratada com descaso, negligência e impostos altos em remédios e tudo o que faz bem à saúde. Médicos e agentes da saúde são poucos e mal pagos; As pessoas sofrem e morrem em filas, corredores de ambulatórios e postos de saúde; As perícias são demoradas e burocracia exagerada; Há falta de leitos, UTI, equipamentos, tecnologia, hospitais e postos de saúde apropriados para a demanda; A impunidade da corrupção desvia recursos e incentiva as fraudes.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
SERVIÇO RUIM PARA 61% DA POPULAÇÃO
SAÚDE. Para 61% da população, o serviço público de saúde é ruim - JORNAL DO COMÉRCIO, 13/01/2012
O serviço público de saúde é ruim ou péssimo para 61% dos brasileiros, segundo pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que encomendou o levantamento. De acordo com a enquete, 10% da população considera a qualidade dos serviços de saúde pública "ótima" ou "boa". A demora no atendimento foi considerada o principal problema do sistema público de saúde por 55% dos entrevistados. Para 57%, de acordo com a pesquisa, a principal medida para melhorar a prestação de serviço na rede pública seria a contratação de mais médicos.
Intitulada Retratos da Sociedade Brasileira: Saúde Pública, a pesquisa informa que 85% dos entrevistados não perceberam avanços no sistema público de saúde nos últimos três anos. Os pesquisadores ouviram 2.002 pessoas em 141 municípios, entre os dias 16 e 20 de setembro de 2011. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O estudo também aponta que os brasileiros são contra a criação de um novo tributo para financiar a área. Dos entrevistados, 96% disseram ser contra a proposta, apesar de 95% considerarem que o setor precisa de investimentos. O entendimento geral é de que a saúde tem recursos, mas precisa melhorar a gestão. O governo obteria mais recursos para a área se combatesse a corrupção, segundo opinaram 82%. Para 53%, a prioridade deveria ser evitar o desperdício. Apenas 18% acham que seria necessário transferir mais recursos para o setor. A maioria da população também acha que políticas preventivas são mais importantes do que a construção de novos hospitais. Essa é a opinião de 71% dos ouvidas na pesquisa.
Um dos itens que surpreendeu, segundo o gerente-executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, foi a concordância de 84% dos entrevistados de que a venda de medicamentos só deve ser permitida com a apresentação e retenção de receita.
Em relação ao acesso aos serviços de saúde, 68% dos brasileiros têm a rede pública como único ou principal meio, segundo a pesquisa, que apontou que 24% têm plano de saúde ou convênio. Os hospitais públicos receberam nota média geral de 5,7 e os hospitais privados de 8,1, em uma escala de zero a 10, informou a pesquisa. Os profissionais dos hospitais públicos obtiveram nota média geral de 6,3. Os profissionais dos hospitais privados receberam nota 8,2, também em uma escala de zero a 10.
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