No Brasil, a saúde pública é tratada com descaso, negligência e impostos altos em remédios e tudo o que faz bem à saúde. Médicos e agentes da saúde são poucos e mal pagos; As pessoas sofrem e morrem em filas, corredores de ambulatórios e postos de saúde; As perícias são demoradas e burocracia exagerada; Há falta de leitos, UTI, equipamentos, tecnologia, hospitais e postos de saúde apropriados para a demanda; A impunidade da corrupção desvia recursos e incentiva as fraudes.
terça-feira, 25 de setembro de 2012
SERVIÇOS DE SAÚDE NO PAÍS SÃO PRECÁRIOS
CORREIO DO POVO, 25/09/2012
EDITORIAL
O corte de verbas na saúde, a exemplo do que ocorreu no orçamento de 2012, quando foram retirados R$ 5,4 bilhões previstos, contribui decisivamente para a baixa qualidade de vida dos brasileiros, aponta o Conselho Federal de Medicina. Para o órgão, isso explica por que o Brasil, mesmo estando entre as dez maiores economias do mundo, ocupa a 84 posição entre os 187 países classificados pelo ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Essa posição, segundo o primeiro-vice-presidente do CFM, Carlos Vital, não condiz com a força econômica do país.
A nota do Conselho tem como base levantamentos de vários organismos internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS). Esses estudos indicam baixa destinação de verbas para atividades de cuidados, prevenção e promoção da saúde. A situação é tão grave que o país figura em último lugar entre as nações que adotaram o modelo público de acesso universal à saúde.
Um dos problemas constatados está na má distribuição dos profissionais da saúde, com destaque para os médicos. O dirigente do CFM ressalta que os 373 mil médicos em atividade no Brasil seriam suficientes para atender a toda a população caso houvesse uma política de incentivo a uma melhor distribuição, com ênfase na fixação em municípios menores, com prioridade para o Nordeste e região amazônica. Isso poderia ajudar a enfrentar problemas crônicos, que levam a uma menor expectativa de vida e a altas taxas de mortalidade neonatal. Falta aos governantes, segundo ele, uma visão mais estruturante da saúde, com melhor gestão.
Já faz tempo que a saúde brasileira não dá conta da demanda, como se viu no caso recente das mortes por gripe A, que no Rio Grande do Sul se contaram às dezenas. Filas, falta de profissionais, equipamentos defasados, hospitais e postos sucateados são alguns dos problemas que se encontram sem solução. Carrear mais recursos para o setor não parece ser a prioridade do Ministério da Saúde, o que indica que a população vai continuar recebendo um atendimento precário e ultrajante.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - O título do Editorial do Correio do Povo avaliza o nome e os objetivos de luta do nosso blog .
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