ZERO HORA 01/07/2014
Após 50 anos de espera, Hospital da Restinga é aberto. Demanda dos moradores há cinco décadas, o complexo tem 19 mil metros quadrados e capacidade para 13 mil pacientes por mês
por Fernanda da Costa
Emilio Salvador, foi o primeiros paciente do novo hospitalFoto: Mateus Bruxel / diario gaúcho
Demanda dos moradores da Zona Sul há 50 anos, o Hospital da Restinga e Extremo-Sul entrou em funcionamento na noite desta segunda-feira. Com 19 mil metros quadrados de área construída, a instituição terá capacidade para atender 13 mil pacientes por mês.
Uma hora antes da abertura oficial do hospital, por volta das 22h, a líder comunitária Adaclides Neli Martins, 57 anos, já estava na porta da instituição. Dirigente do Movimento Nacional de Luta pela Moradia no bairro, a aposentada aguardava com ansiedade pela inauguração do prédio, que já fazia parte do projeto de ocupação do bairro desde 1970.
– Vim para fiscalizar. Estamos felizes com esta conquista da comunidade, e vamos acompanhar de perto a qualidade dos atendimentos que serão prestados aqui – explicou Adaclides, que fez questão de acompanhar a visita das autoridades às dependências do local, fotografando com um tablet cada quarto que entrava.
O hospital começou a funcionar às 23h, com um ato que contou a presença do prefeito José Fortunati e do secretário municipal de Saúde Carlos Casartelli. A cerimônia de inauguração deve acontecer na próxima quinta-feira, 3 de julho, com a presença da presidente Dilma Rousseff.
— Estamos concretizando um sonho, não apenas para a comunidade da Restinga e da Zona Sul, mas para a cidade como um todo — afirmou o Fortunati.
Segundo o superintendente executivo do Hospital Moinhos de Vento, que administrará o Hospital da Restinga, Fernando Andreatta Torelly, um dos diferenciais do hospital é que cada quarto contará com um técnico de enfermagem 24h.
— São cinco leitos em cada quarto, que terá um profissional de plantão dentro do espaço. Isso garante um atendimento rápido e evita quedas de pacientes — exemplifica.
Direcionado exclusivamente para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), o hospital contará inicialmente com 250 colaboradores, muitos deles integrantes da própria comunidade. Nesta segunda-feira, foram abertos 25 leitos de observação e 62 de internação.
Novos leitos devem ser abertos nos próximos 30 dias. Até o final do ano, o hospital contará com 121 leitos de internação e 49 de passagem, além de 800 colaboradores.
OS NÚMEROS DO NOVO HOSPITAL
Investimento é de R$ 110 milhões
O Moinhos de Vento investiu R$ 110 milhões provenientes de isenções fiscais na obra. A operação do hospital será custeada pela União (50%), Estado (24%) e Município (26%), num total de R$ 4,6 milhões por mês. A instituição fica na Estrada João Antônio da Silveira, 3.330.
Atendimento: será 100% SUS
População beneficiada: 110 mil habitantes da Restinga e do Extremo- Sul (Lami, Lageado, Belém Novo, Ponta Grossa e Chapéu do Sol)
Emergência adulto e pediátrica: capacidade de 13 mil atendimentos ao mês
Exames de diagnóstico: exames laboratoriais, ecografia, eletrocardiograma, Holter, Mapa, ecocardiograma, endoscopia digestiva alta e baixa, além de raio- x e tomografia digitais
Área construída: 19.148 metros quadrados
Primeira fase
— Nesta etapa, será aberto o Pronto Atendimento (PA), com capacidade para atender até 13 mil pacientes adultos e pediátricos por mês.
— Além dos 25 leitos do PA, serão disponibilizados 62 leitos para pacientes que necessitarem de internação.
— Nesta fase, o hospital contará com 250 colaboradores.
Em pleno funcionamento
— Quando o hospital estiver em pleno funcionamento, contará com 121 leitos de internação e 49 leitos de passagem, totalizando 170 leitos à disposição da comunidade
— Ao todo serão cerca de 800 colaboradores que, preferencialmente, serão moradores da região
— Terá Centro Cirúrgico, Centro Obstétrico, Unidade de Terapia Intensiva, Serviço de Reabilitação, Unidade de Diagnóstico, Centro de Especialidades para consultas ambulatoriais e, para a formação de recursos humanos, uma Escola de Gestão em Saúde.
Como vai funcionar?
— A porta de entrada do sistema será pelos programas de Estratégia de Saúde da Família
— O Moinhos tem três postos funcionando na região, com seis equipes, e a prefeitura tem mais 12 equipes
— Quando o paciente necessita de uma consulta especializada, o hospital terá dentro do seu complexo um centro de especialidades para atender à sua necessidade
— Ao lado do centro de especialidades haverá um centro de diagnósticos, onde o paciente poderá fazer os exames laboratoriais, cardiológicos e de imagem
— Se, nesta etapa, ele tiver o diagnóstico prescrito, volta para os cuidados da Estratégia de Saúde da Família
— Se necessário, haverá encaminhamento para Upa Hospitalar, que é a emergência do hospital, e para o hospital
— Dentro do complexo há uma escola de gestão para formar moradores da Restinga para trabalharem no hospital
Após 50 anos de espera, Hospital da Restinga é aberto. Demanda dos moradores há cinco décadas, o complexo tem 19 mil metros quadrados e capacidade para 13 mil pacientes por mês
por Fernanda da Costa
Emilio Salvador, foi o primeiros paciente do novo hospitalFoto: Mateus Bruxel / diario gaúcho
Demanda dos moradores da Zona Sul há 50 anos, o Hospital da Restinga e Extremo-Sul entrou em funcionamento na noite desta segunda-feira. Com 19 mil metros quadrados de área construída, a instituição terá capacidade para atender 13 mil pacientes por mês.
Uma hora antes da abertura oficial do hospital, por volta das 22h, a líder comunitária Adaclides Neli Martins, 57 anos, já estava na porta da instituição. Dirigente do Movimento Nacional de Luta pela Moradia no bairro, a aposentada aguardava com ansiedade pela inauguração do prédio, que já fazia parte do projeto de ocupação do bairro desde 1970.
– Vim para fiscalizar. Estamos felizes com esta conquista da comunidade, e vamos acompanhar de perto a qualidade dos atendimentos que serão prestados aqui – explicou Adaclides, que fez questão de acompanhar a visita das autoridades às dependências do local, fotografando com um tablet cada quarto que entrava.
O hospital começou a funcionar às 23h, com um ato que contou a presença do prefeito José Fortunati e do secretário municipal de Saúde Carlos Casartelli. A cerimônia de inauguração deve acontecer na próxima quinta-feira, 3 de julho, com a presença da presidente Dilma Rousseff.
— Estamos concretizando um sonho, não apenas para a comunidade da Restinga e da Zona Sul, mas para a cidade como um todo — afirmou o Fortunati.
Segundo o superintendente executivo do Hospital Moinhos de Vento, que administrará o Hospital da Restinga, Fernando Andreatta Torelly, um dos diferenciais do hospital é que cada quarto contará com um técnico de enfermagem 24h.
— São cinco leitos em cada quarto, que terá um profissional de plantão dentro do espaço. Isso garante um atendimento rápido e evita quedas de pacientes — exemplifica.
Direcionado exclusivamente para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), o hospital contará inicialmente com 250 colaboradores, muitos deles integrantes da própria comunidade. Nesta segunda-feira, foram abertos 25 leitos de observação e 62 de internação.
Novos leitos devem ser abertos nos próximos 30 dias. Até o final do ano, o hospital contará com 121 leitos de internação e 49 de passagem, além de 800 colaboradores.
OS NÚMEROS DO NOVO HOSPITAL
Investimento é de R$ 110 milhões
O Moinhos de Vento investiu R$ 110 milhões provenientes de isenções fiscais na obra. A operação do hospital será custeada pela União (50%), Estado (24%) e Município (26%), num total de R$ 4,6 milhões por mês. A instituição fica na Estrada João Antônio da Silveira, 3.330.
Atendimento: será 100% SUS
População beneficiada: 110 mil habitantes da Restinga e do Extremo- Sul (Lami, Lageado, Belém Novo, Ponta Grossa e Chapéu do Sol)
Emergência adulto e pediátrica: capacidade de 13 mil atendimentos ao mês
Exames de diagnóstico: exames laboratoriais, ecografia, eletrocardiograma, Holter, Mapa, ecocardiograma, endoscopia digestiva alta e baixa, além de raio- x e tomografia digitais
Área construída: 19.148 metros quadrados
Primeira fase
— Nesta etapa, será aberto o Pronto Atendimento (PA), com capacidade para atender até 13 mil pacientes adultos e pediátricos por mês.
— Além dos 25 leitos do PA, serão disponibilizados 62 leitos para pacientes que necessitarem de internação.
— Nesta fase, o hospital contará com 250 colaboradores.
Em pleno funcionamento
— Quando o hospital estiver em pleno funcionamento, contará com 121 leitos de internação e 49 leitos de passagem, totalizando 170 leitos à disposição da comunidade
— Ao todo serão cerca de 800 colaboradores que, preferencialmente, serão moradores da região
— Terá Centro Cirúrgico, Centro Obstétrico, Unidade de Terapia Intensiva, Serviço de Reabilitação, Unidade de Diagnóstico, Centro de Especialidades para consultas ambulatoriais e, para a formação de recursos humanos, uma Escola de Gestão em Saúde.
Como vai funcionar?
— A porta de entrada do sistema será pelos programas de Estratégia de Saúde da Família
— O Moinhos tem três postos funcionando na região, com seis equipes, e a prefeitura tem mais 12 equipes
— Quando o paciente necessita de uma consulta especializada, o hospital terá dentro do seu complexo um centro de especialidades para atender à sua necessidade
— Ao lado do centro de especialidades haverá um centro de diagnósticos, onde o paciente poderá fazer os exames laboratoriais, cardiológicos e de imagem
— Se, nesta etapa, ele tiver o diagnóstico prescrito, volta para os cuidados da Estratégia de Saúde da Família
— Se necessário, haverá encaminhamento para Upa Hospitalar, que é a emergência do hospital, e para o hospital
— Dentro do complexo há uma escola de gestão para formar moradores da Restinga para trabalharem no hospital
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