terça-feira, 22 de julho de 2014

A EMERGÊNCIA DA SAÚDE





ZERO HORA 22 de julho de 2014 | N° 17867



EDITORIAL





Pesquisas nacionais reproduzem o mesmo quadro e apenas ratificam o que já é percebido no dia a dia, nos postos, nas emergências, nos hospitais. A amostragem, feita como levantamento complementar de recente pesquisa de intenção de voto no Estado, é um alerta poderoso a quem pretende ocupar cargos públicos. Saúde pública é, pelo que prevê a legislação, um serviço essencial com claras atribuições da União, dos Estados e dos municípios. Mas o que se vê, enquanto a estrutura se degrada, é a repetida tentativa de transferência de responsabilidades.

Ações específicas, como a que fortaleceu os primeiros atendimentos com a contratação de médicos estrangeiros, são importantes, mas insuficientes. A população continua a se queixar das filas de espera para atendimento básico e para cirurgias, da falta de especialistas, dos hospitais lotados e das carências de equipamentos e instalações em boa parte da rede de assistência. Assim se configura o cenário da precária gestão do SUS, que desperdiça recursos ainda insuficientes para as demandas nacionais.

Está provado, por uma série de estudos, que o Brasil aplica menos em saúde pública do que muitos de seus vizinhos e outras nações em estágio de desenvolvimento similar. Mas também é notório que toda a estrutura do sistema deve ser reavaliada. A população merece que as propostas dos candidatos para o setor sejam menos vagas e mais esclarecedoras, para que os deveres de cada ente federativo não continuem motivando um infindável jogo de empurra. Os serviços precários, em algumas áreas, são agravados pela deficiência crônica de gestão

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