PAULO SANT’ANA
O Sindicato Médico do RS (Simers) divulgou recentemente, numa emissora de rádio, um comunicado em que disse: “Em 20 anos, foram fechados 11 mil leitos pelo SUS, mais de 3 mil somente na Capital. A consequência é a superlotação das emergências. Os gestores da Saúde prometem novas vagas. Precisamos de mais investimentos e menos demagogia”.
É grave o que o Simers denuncia: foram fechados 11 mil leitos, 3 mil deles somente na Capital.
Por isso o pandemônio nas emergências e nos hospitais gratuitos.
Agora vejam o que denuncia outra entidade médica, o Cremers, também em comunicado que fez pela imprensa: “Estamos nos aproximando de outra eleição. E, como sempre, os políticos passam a destacar a Saúde em seus discursos. Mas o Cremers informa: a três meses da eleição, o governo do Estado anuncia a criação de mil leitos na Capital e na Região Metropolitana. A licitação, porém, sequer foi aberta. É a Saúde mais uma vez sendo usada para fins eleitorais”.
Como se nota pelas manifestações das entidades médicas, a demagogia e o mau uso dos serviços de Saúde gratuitos são apanágio dos gestores públicos da Saúde.
Em suma, o governo é o culpado. O governo mente, ilude, falsifica dados para ludibriar a opinião pública. É necessária a publicação da opinião das entidades médicas para desmascará-lo.
Mas para onde foi essa verba bilionária se extinguiram esses milhares de leitos e privaram milhões de pessoas dos serviços médicos do SUS? Ninguém sabe, ninguém viu. Isso é muito sério, talvez esse dinheiro bilionário tenha sido desviado para a construção de estádios para a realização da Copa do Mundo recentemente.
É uma vergonha, é um descalabro, é um desgoverno.
Os eleitores precisam ver quem os está enganando. E votar contra os que os enganam.
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