Municípios exigem mais recursos do Estado - ZERO HORA 17/10/2011
Um dos objetivos do levantamento realizado pela CNM é dar subsídio às reclamações dos prefeitos sobre falta de infraestrutura para atender casos mais complexos e rebater críticas sobre a prática da chamada “ambulancioterapia” – prática de enviar pacientes de cidades menores para grandes centros.
O levantamento da CNM foi complementado com dados que sugerem a falta de médicos e hospitais públicos no Interior – 48% dos profissionais gaúchos estariam concentrados na Região Metropolitana.
Para Ziulkoski, a principal falha é a escassez de investimentos em âmbito estadual.
– Os municípios investem mais em saúde do que o previsto em lei. Enquanto isso, desde 2000, o Estado deveria ter aplicado R$ 6 bilhões em saúde que foram para outras áreas. Por isso, a grande maioria dos hospitais cadastrados no SUS é privada, e não pública, enquanto o correto seria o contrário – critica o presidente da CNM.
Ziulkoski lembrou ainda que o Rio Grande do Sul tem um índice de investimento em saúde pior do que outros Estados, com 7,6% da receita, enquanto a lei preconiza um mínimo de 12% para as administrações estaduais.
Contraponto: O que diz a Secretaria Estadual da Saúde - O secretário-adjunto da Secretaria Estadual da Saúde, Elemar Sand, afirma que é necessária uma reestruturação geral do SUS, mas discorda da atribuição de culpa a uma esfera de governo. Sand avalia que não adianta “jogar a responsabilidade de um para outro”, mas lembra que o Brasil é um dos países que menos aplica recursos em saúde no mundo proporcionalmente ao PIB.
– Estamos há poucos meses no governo, mas para o ano que vem já estamos recompondo repasses com um aumento real sobre o valor bruto aplicado em saúde de 30%. De R$ 1,150 bilhão, vamos investir R$ 1,5 bilhão. É uma resposta em termos de valores, mas também estamos trabalhando para melhorar a gestão, a regulação do Samu, das UTIs, a regionalização da saúde e o fortalecimento das coordenadorias regionais – aponta Sand.
No Brasil, a saúde pública é tratada com descaso, negligência e impostos altos em remédios e tudo o que faz bem à saúde. Médicos e agentes da saúde são poucos e mal pagos; As pessoas sofrem e morrem em filas, corredores de ambulatórios e postos de saúde; As perícias são demoradas e burocracia exagerada; Há falta de leitos, UTI, equipamentos, tecnologia, hospitais e postos de saúde apropriados para a demanda; A impunidade da corrupção desvia recursos e incentiva as fraudes.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
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