EDITORIAL CORREIO DO POVO, 23/10/2011
Representantes de 120 países se reuniram no Rio de Janeiro e assinaram, nesta sexta-feira, documento conjunto no qual se comprometem a manter os níveis de investimentos sociais. Todos acordaram que é necessário formular políticas públicas que evitem desigualdades internas e que impeçam a deterioração dos sistemas de saúde e de Previdência Social.
O texto denominado Declaração Política do Rio sobre Determinantes Sociais da Saúde, identificado também como Declaração do Rio, foi firmado ao final da Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre as cerca de 70 ações listadas, estão o estabelecimento de vínculos colaborativos entre as nações signatárias e os meios de ampliar o acesso das populações a medicamentos, além de instrumentos para viabilizar a transparência das ações governamentais.
Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, os ministros da área da saúde estão bastante preocupados com uma eventual queda na qualidade dos serviços prestados por conta da crise econômica que afeta a União Europeia. Ele ressaltou que o Brasil já cumpre muitos dos pontos do acordo, o que serve como baliza para a implantação das medidas sinalizadas.
Segundo o ministro Antonio Patriota, das Relações Exteriores, a declaração em comum é referência nos preparativos da Conferência Rio+20, marcada para o Rio de Janeiro em 2012. A saúde, afirmou, é importante para apontar um novo paradigma no desenvolvimento sustentável.
No momento em que se registra uma crise na saúde brasileira, é bom que o país estabeleça objetivos a serem atingidos. Os pacientes das dramáticas filas do Sistema Único de Saúde esperam que haja melhorias urgentes. Sem mudanças efetivas, milhões continuarão no desamparo e com seus direitos básicos aviltados.
No Brasil, a saúde pública é tratada com descaso, negligência e impostos altos em remédios e tudo o que faz bem à saúde. Médicos e agentes da saúde são poucos e mal pagos; As pessoas sofrem e morrem em filas, corredores de ambulatórios e postos de saúde; As perícias são demoradas e burocracia exagerada; Há falta de leitos, UTI, equipamentos, tecnologia, hospitais e postos de saúde apropriados para a demanda; A impunidade da corrupção desvia recursos e incentiva as fraudes.
domingo, 23 de outubro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário