segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

TESTE RÁPIDO DE HIV

CORREIO DO POVO 02/12/2013 08:53

Agência Brasil

Teste rápido de HIV deve ser vendido nas farmácias a partir de fevereiro. Produzido pela Fiocruz, exame será feito em 20 minutos e custará R$ 8



Para facilitar o diagnóstico do HIV e antecipar o tratamento de pessoas que podem desenvolver a Aids, o Ministério da Saúde deve autorizar a venda, em farmácias, de um teste rápido para detectar o vírus, a partir de fevereiro de 2014. Produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o exame é feito em 20 minutos, com coleta de saliva pela própria pessoa, e deverá custar R$ 8.

A informação foi confirmada pelo diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do ministério, Fábio Mesquita, durante evento nesse domingo, Dia Mundial de Luta contra a Aids, no Rio de Janeiro. Na ocasião, o governo federal anunciou a antecipação do tratamento para pessoas com o HIV. Antes, somente pacientes com a doença desenvolvida recebiam medicamentos.

De acordo com o diretor, o teste rápido de HIV tem duas vantagens: “Uma delas é a confidencialidade. A pessoa vai à farmácia pega o teste e faz em casa, sem precisar ver um agente de saúde e dividir isso com ninguém. A segunda vantagem é a rapidez, não tem fila, não precisa ir ao posto, não precisa esperar o tempo que leva [para sair] o resultado de um exame normal”, esclareceu Mesquita.

Ao disponibilizar o teste rápido de HIV, vendido na internet por um laboratório americano por cerca de R$ 160, o ministério pretender iniciar o tratamento mais cedo e melhorar a qualidade de vida de pessoas com HIV, além de reduzir em cerca de 96% o risco de contágio, principalmente para parceiros fixos ou durante a gestação, quando o vírus pode passar da mãe para o bebê.

Dados do ministério apontam que cerca de 150 mil pessoas, de um total de 700 mil estimadas com a doença, não sabem que têm o vírus HIV. No Brasil, embora a prevalência de pessoas convivendo com o vírus seja considerada baixa para o conjunto da população (0,4%), a infecção é alta entre meninas entre 14 e 19 anos e meninos gays, de acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Segundo Padilha, grande parte dos casos de detecção de HIV em meninas ocorre durante o pré-natal. “Nessa faixa etária tem muita gravidez na adolescência, em situação vulnerável, por isso, descobrimos mais meninas que homens [com o vírus]”, disse. “Elas engravidam já infectadas”, reforçou. Os jovens são público-alvo da campanha contra a aids lançada nesse domingo.


CORREIO DO POVO 01/12/2013 16:57

RS terá nova estratégia no combate à Aids. Índice da doença no Estado é superior à média nacional


A alta incidência de aids no Rio Grande do Sul motivou uma parceria entre a Secretaria Estadual da Saúde e o Ministério da Saúde. Uma série de medidas foi anunciada neste domingo, Dia Mundial de Luta Contra a Aids, por meio de uma videoconferência entre secretário estadual da Saúde, Ciro Simoni, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

A principal é a distribuição de medicamentos antirretrovirais a públicos prioritários de pessoas não portadoras do HIV mas que apresentam riscos elevados de infecção, como homens que fazem sexo com outros homens, gays, profissionais do sexo, entre outros.

O objetivo é introduzir - nos Serviços de Assistência Especializada (SAE) e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) - a Profilaxia Pré-Exposição (PREP) e expandir para a atenção básica a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que já é oferecida desde 2010 nos SAE. O estudo terá o prazo de um ano e deve começar no primeiro trimestre de 2014.

A PREP será usada como estratégia de intervenção para a prevenção da transmissão entre populações prioritárias - homens que fazem sexo com outros homens, gays, profissionais do sexo, travestis, transexuais, pessoas que usam drogas, pessoas privadas de liberdade e em situação de rua.

A já existente Profilaxia Pós-Exposição é uma medida que consiste no início do uso de antirretrovirais até 72 horas decorridas de uma provável exposição ao vírus HIV. Atualmente ela é utilizada basicamente um duas situações: em caso de risco de contaminação de profissionais de saúde na atividade laboral (devido a acidentes); e em casos de relações sexuais quando ocorre falha nas medidas de prevenção (a partir de uma avaliação médica).

Índice elevado no Rio Grande do Sul

Em 2012, foram 4.458 novas notificações de casos de aids apenas no Rio Grande do Sul. O número representa 41,4 casos por 100 mil habitantes, taxa que é mais do dobro da nacional (20,2).

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