Número de leitos cai e fica abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde - DENISE MENCHEN, DO RIO - 19/11/2010 - 10h01
O número de leitos para internação no país sofreu uma redução de 2,5% entre 2005 e 2009, confirmando uma tendência de queda verificada desde 1999. Os dados constam da pesquisa "Estatísticas da Saúde - Assistência Médico-Sanitária", divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE. O estudo, no entanto, não considera as vagas de UTI.
De acordo com o IBGE, o total de leitos disponível no país passou de 443,2 mil para 431,9 mil no período. A queda é explicada pelo comportamento do setor privado, que teve uma redução de 5,1% nas vagas. No setor público, foi registrada expansão de 2,6%.
Com o movimento, o número de leitos por mil habitantes passou de 2,4 em 2005 para 2,3 em 2009, ficando abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde. Portaria publicada pelo órgão em 2002 estima em 2,5 a 3 a necessidade de leitos para cada grupo de mil habitantes.
Segundo o IBGE, apenas a região Sul está acima desse parâmetro, com 2,6. O pior resultado foi verificado na região Norte, com 1,8 leitos por mil habitantes, seguida pelo Nordeste, com 2 leitos por mil habitantes.
A pesquisa divulgada hoje também revelou discrepâncias regionais no número de postos de trabalho médico. No Norte, foram encontrados 1,9 postos para cada mil habitantes. No Nordeste, já são 2,3, no Sudeste, 4,3, no Sul, 3,4, e no Centro-Oeste, 3,1.
Na média, o Brasil tem 3,3 vagas médicas preenchidas para cada mil habitantes. Entre as capitais, Vitória, com 16,1, e Macapá, com 2,3, estão nos dois extremos.
O dado, porém, não pode ser tomado como uma expressão do número de médicos por habitantes, já que os consultórios particulares não foram incluídos na pesquisa e um mesmo médico pode ocupar mais de um posto de trabalho.
No Brasil, a saúde pública é tratada com descaso, negligência e impostos altos em remédios e tudo o que faz bem à saúde. Médicos e agentes da saúde são poucos e mal pagos; As pessoas sofrem e morrem em filas, corredores de ambulatórios e postos de saúde; As perícias são demoradas e burocracia exagerada; Há falta de leitos, UTI, equipamentos, tecnologia, hospitais e postos de saúde apropriados para a demanda; A impunidade da corrupção desvia recursos e incentiva as fraudes.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
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