quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

A FILA DA DESCONSIDERAÇÃO

ZERO HORA 05 de dezembro de 2012 | N° 17274

EDITORIAIS


O aglomerado formado por uma multidão de pacientes nos primeiros dias de marcação de consultas para 2013 no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), na zona portuária do Rio de Janeiro, atesta de forma inquestionável o descaso de sucessivas administrações com a saúde pública no país. Centenas de pessoas, muitas das quais com dificuldade de locomoção, esperaram longas horas na fila da desconsideração, sem conseguir sequer a senha para consulta ou cirurgia. A demanda, que de alguma forma se multiplica por todo o país, nessa e em outras especialidades, é um indicativo de que o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais precisam revisar suas estratégias com urgência.

O que vem ocorrendo agora no Rio chama a atenção pelas dimensões e pela tensão registrada entre pacientes, muitos dos quais às voltas há mais de dois anos com as dores e sequelas de problemas em sua maior parte localizados no joelho, quadril e coluna. O episódio provoca revolta também porque nem mesmo o fato de a instituição ter passado a operar em novas instalações – inauguradas com atraso de dois anos e sob a suspeita de terem recebido valores pagos com sobrepreço – contribui para melhorar o atendimento.

No caso do Into, as metas de atendimento simplesmente não são alcançadas porque faltam médicos especialistas. E, diante dos tumultos registrados pelos segurados, a instituição decidiu que as consultas passarão a ser marcadas apenas por telefone – cujo número, obviamente, ninguém consegue acessar.

A imposição de um atendimento degradante a segurados precisa ser analisada com atenção por parte de gestores de saúde em todo o país para evitar que esse tipo de situação continue se repetindo. Esse é um desafio particularmente para os novos prefeitos, que não podem aguardar a posse em janeiro para, só então, começar a pensar no que fazer para reduzir o sofrimento dos enfermos.


Um comentário:

  1. boa noite!
    Venho através desse espaço expor minha indignação com a saúde pública do Brasil!!!!!!!!!!!

    Hoje não conseguir atendimento em nenhum hospital público aqui na capital do estado de Pernambuco "Recife".

    Com muito pesar venho expor que a saúde pública no estado de Pernambuco é uma vergonha. Na capital pernambucana se alguém necsessitar de atendimento hospitalar de urgência fica vagando ent
    re UPAs e Policlínicas pois não existe médicos nessas unidades de prontoatendimento.

    Você não consegue médico nem na capital pernambucana nem na Cidade patrimônio histórico "Olinda".

    Relato que hoje por volta das 16:30h a UPA de Olinda não tinha médico e o plantão do próximo servidor estaria prestando atendimento apenas no dia seguinte. Naquele local que deveria prestar um atendimento de urgência principal de Olinda não tinha nenhum médico de plantão. Fomos orientados a seguir para o hospital de Olinda - Tricentenário que fica na cidade alta " ponto turístico principal de Olinda". Para minha surpresa o hospital de referencia da cidade estava sem médico para atendimento , além do mais estava fechado pois nãoi tinha nenuma pessoa para dar maiores explicações. Quando estava saindo sem saber para onde seguir com um paciente necessitando de atendimento de urgência, fomos orientados por taxista local seguir para Recife uma policlínica mais próxima seria a policlínica de Campina do Barreto. Porém ao chegar nesse local de referência em atendimento pois fica localizado mais próximo de Olinda, novamente não tinha nenhum médico. E o pior foi não ser necessário nem descer no carro, pois quando paramos o veículo o vigilante local já infromava que não tinha médico para nehum tipo de atendimento. Recebemos a seguinte orientação pelo funcionário para seguir até a UPA do Brejo, que fica do outro lado da cidade do Recife. Ressaltando que hoje é feriado na capital pernambucana e acontece um evento justamente na avenida principal que liga o caminho da policlínica até a UPA do Brejo. Por não conseguir atendimento de urgência retornamos para Olinda sem ser atendido.

    Fica uma pergunta que necessitamos de uma resposta.
    ---Onde fica os impostos pago por nós contribuintes que destinado a saúde pública????????????????????????

    Agora me vejo numa capital que será sede da COPA DO MUNDO 2014, que não existe saúde pública !!!!!!!!!!!!!

    E os governantes prometendo ter uma UPA em cada bairro ......
    Agora meus queridos governantes, para quê ter uma UPA em cada bairro se não tem o principal MÉDICO para efetuar apenas um atendimento de urgência?????????????????

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