sábado, 14 de junho de 2014

INSEGURANÇA NO HOSPITAL. PACIENTE É MORTO A TIROS NO QUARTO


ZERO HORA 14 de junh
o de 2014 | N° 17828


EDUARDO TORRES


Paciente é morto a tiros no quarto. SUSPEITO TERIA ENTRADO por uma janela do Centenário, em São Leopoldo, segundo polícia



A Polícia Civil já tem um suspeito de ter executado Saul de Almeida Gonçalves, 30 anos, no Hospital Centenário, em São Leopoldo, no início da noite de quinta-feira. O atirador, apontou a investigação, teria pulado a janela que dava acesso direto ao quarto onde a vítima se recuperava de uma cirurgia.

Antes de chegar até lá, o suposto atirador teria conseguido se esgueirar por baixo de uma grade a cerca de cinco metros de distância dali. O delegado Vinícius do Vale explica que a polícia ainda investiga se houve favorecimento, por algum funcionário, para que o matador tivesse localizado o quarto da vítima com tanta precisão.

Ontem, agentes da Delegacia de Homicídios de São Leopoldo continuaram analisando imagens das câmeras de segurança na tentativa de identificar o suspeito. Ele conseguiu entrar na unidade cirúrgica e, pouco antes das 20h, atirou três vezes contra Gonçalves – que, em 2012, fora preso por tráfico.

O crime teria relação direta com a tentativa de homicídio sofrida por ele na noite de quarta-feira. Na ocasião, o homem foi atingido por quatro disparos no Loteamento Chácara dos Leões, localizado no bairro Santos Dumont.

Levado ao hospital, recuperava-se de uma cirurgia quando foi atacado. Um Palio com placas clonadas foi apreendido nas proximidades do hospital logo após o episódio. A polícia investiga se o veículo tem relação com o assassinato. Essa é a terceira vez que um paciente foi morto a tiros no mesmo setor do Hospital Centenário.

Em nota, a direção do hospital afirmou que normas de segurança contra incêndios não permitem que sejam colocadas grades nas janelas. Ainda assim, a instituição anunciou que a segurança será reforçada nos arredores e nas vias de acesso ao Centenário.

FUNCIONÁRIOS RECLAMAM DE FALTA DE SEGURANÇA

Diante da execução, quem trabalha no local afirma se sentir inseguro. Funcionários reclamam da facilidade de acesso pelo estacionamento dos fundos, onde não há cercas nem iluminação noturna. Uma enfermeira, que trabalha há mais de 20 anos na instituição e pediu para não se identificar, afirmou que os problemas de segurança preocupam:

– Qualquer um pode entrar aqui. Roubam nossas coisas dos vestiários, produtos de limpeza, e ainda corremos o risco de, na madrugada, acontecer coisa pior. *Colaborou Micheli Aguiar

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