quarta-feira, 3 de junho de 2015

A VIDA DO BRASILEIRO EM NÚMEROS



ZERO HORA 03 de junho de 2015 | N° 18182


SAÚDE - DO CINTO DE SEGURANÇA AO MASCOTE



MENOS VISITAS AO DENTISTA do que deveria, mais cachorros do que crianças e mais mulheres do que homens indo ao médico. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística aponta dados sobre diversos fatores que influenciam a saúdeO Brasil é o país que mais tem dentistas no mundo – são 260 mil –, mas 55,6% dos brasileiros não frequentam o consultório de um profissional anualmente – a recomendação é que as visitam sejam semestrais. O uso de escova de dente, pasta e fio dental também deixa a desejar: apenas 53% da população utiliza os todos os três artigos de higiene.

Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo analisou fatores que podem influenciar a saúde dos brasileiros – desde o uso do cinto de segurança até o convívio com animais de estimação.

Segundo o IBGE, 89,1% dos brasileiros escovam os dentes ao menos duas vezes ao dia, com percentuais maiores entre mulheres (91,5%), brancos (90,3%), formados no nível superior (97,7%) e na faixa etária de 18 a 29 anos (94,9%). Além disso, mais da metade dos brasileiros não troca as escovas de dente com menos de três meses de uso.

A PNS revelou ainda que, entre as pessoas com 18 anos ou mais, 11% perderam todos os dentes. Entre os brasileiros que estão acima dos 60 anos, o índice é de 41,5%. Ainda assim, a maior parte considera a saúde bucal ótima ou muito boa (67,4%). Os percentuais são maiores nas regiões Sudeste e Sul, com 72,2%, e cai para 58,8% no Nordeste.

Os números não têm comparação, uma vez que se trata da primeira edição da PNS. A pesquisa baseia-se em questionários aplicados em 6.069 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e em 49.130 domicílios de todas as unidades da federação. As informações servem para a formulação de políticas públicas de promoção, vigilância e atenção à saúde do Sistema Único de Saúde.

Veja, ao lado, outros dados sobre a saúde dos brasileiros apontados pelo IBGE.





Resfriado que derruba


O mal-estar provocado por gripes e resfriados é o principal motivo alegado pelos brasileiros para se ausentar do trabalho ou nos estudos - 17,8%

O segundo são as dores nas costas, problemas no pescoço ou na nuca, apontados por 10,5% da população.

Em terceiro lugar estão as dores nos braços ou nas mãos, artrites, reumatismos e a Lesão por Esforço Repetitivo (LER), com 5,5% das respostas.

Empatadas, também em terceiro lugar, estão as lesões provocadas por acidentes ou por agressões ou violência de qualquer gênero, com o mesmo percentual.




Cuidado feminino


As mulheres brasileiras vão mais ao médico do que os homens. Segundo o IBGE, 71,2% dos entrevistados haviam se consultado pelo menos uma vez nos 12 meses anteriores à entrevista.

Entre as mulheres, o índice foi de 78%, contra 63,9% dos homens.

Elas também são mais aplicadas nos cuidados com os dentes: 47,3% das brasileiras disseram terem ido ao dentista uma vez nos 12 meses anteriores, ante 41,3% dos homens. A diferença também aparece na higiene bucal diária: 91,5% do público feminino pesquisado respondeu que escova os dentes duas vezes ao dia, ao passo que a taxa foi de 86,5% no masculino.
















Disparidade em acesso aos planos de saúde



Os brasileiros que declararam possuir planos de saúde correspondiam a 27,9% da população em 2013. Ainda que quase um terço da população tenha acesso ao serviço, pago principalmente pelos empregadores, há uma grande disparidade entre as grandes regiões do país. Embora uma parcela considerável da população disponha de plano, a maior parte dos brasileiros procura postos de saúde para um primeiro atendimento médico. De acordo com o IBGE, 47,9% buscam unidades básicas de saúde. Clínicas particulares são a opção da segunda maior parcela, de 20,6% da população.








Mais cães do que crianças


A população de cachorros em domicílios brasileiros supera em mais de duas vezes a de gatos. No Brasil, há hoje 52,2 milhões de cães e 22,1 milhões de gatos criados em casa.

O país tem mais cachorros do que crianças, já que, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), também de 2013, o Brasil tem 44,9 milhões de crianças de um a 14 anos. Os cães estão presentes em 28,9 milhões de residências, o que, em termos percentuais, equivale a 44,3% dos domicílios do país – e muitos brasileiros criam mais de um animal. A presença de cachorros é mais frequente em residências rurais (65%). Nos lares em área urbana, o percentual cai para 41%.



Sem cinto de segurança

Mais de 20% dos brasileiros afirmaram não usar cinto de segurança quando sentam no banco da frente de carros, vans ou táxis. Segundo a PNS, 79,4% da população sempre usa o equipamento no banco da frente.

A região brasileira em que há mais registro do uso do cinto de segurança no banco da frente é a Sudeste, com 86,5%, seguida pela Região Sul (86,2%). No Nordeste, o índice cai para 66%. Se no banco da frente o cinto não é usado por um em cada cinco brasileiros, no banco de trás, 50,2% afirma deixar de lado o equipamento.




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