sábado, 10 de dezembro de 2011

CAOS NAS EMERGÊNCIAS E UM NOVO PARADIGMA

Carlos Eduardo Nery Paes, Superintendente do Grupo Hospitalar Conceição - JORNAL DO COMÉRCIO, 09/12/2011

Há décadas, as emergências dos grandes hospitais brasileiros, sejam eles públicos ou privados, têm produzido cenários desoladores, desumanos e inaceitáveis. O sofrimento dos pacientes e a incapacidade dos profissionais da saúde em realizar atendimentos com o mínimo de qualidade nos tornaram reféns de um sistema inoperante, desorganizado e cruel. O desafio assumido pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC) para enfrentar a superlotação da emergência do Hospital Conceição trouxe resultados fundamentais na busca de um novo modelo de atendimento. O conjunto das medidas adotadas pelo GHC nos últimos 100 dias resultou na queda de 47% na taxa de mortalidade nas primeiras 24 horas de internação, em comparação ao mesmo período anterior à campanha, e na redução do tempo de permanência dos pacientes e da ocupação dos leitos.

O Hospital Conceição é uma das 11 unidades hospitalares do País que está recebendo apoio do SOS Emergências, programa que será lançado nesta sexta-feira pelo Ministério da Saúde no GHC e que visa a qualificar a gestão e o atendimento em grandes hospitais que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As ações do SOS Emergência terão o acompanhamento de um Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar, com a participação da equipe do hospital, do Ministério da Saúde e do Hospital Samaritano de São Paulo, parceiro do GHC nesse projeto. O SOS Emergências trabalhará articulado com os demais serviços de urgência e emergência, constituindo-se num indutor de construção do Plano de Ação Regional da Urgência. Será um aprofundamento da campanha já realizada no Hospital Conceição. A iniciativa não pode ser vista apenas como uma ação isolada do Ministério da Saúde. O desafio de enfrentar o caos nas emergências dos hospitais brasileiros representa a quebra de um paradigma na área da saúde pública. O desafio do GHC em relação à Emergência do Conceição faz lembrar uma frase do escritor Eduardo Galeano: “Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos”.

COMENTÁRIOS DE LEITORES:

João Paulo - 09/12/2011 - 01h23 - A saúde pública no Brasil A saúde pública no Brasil pede socorro. Os hospitais públicos não conseguem atender a demanda da população, e as filas nos corredores, só crescem a cada dia. O governo, porém, diz não ter verbas suficientes para investir na área. Enquanto isso, o problema continua exacerbadamente crescendo. O problema da saúde publica no Brasil, não é um mero problema, pois atinge a todo o país. É comum vermos na televisão, reportagens enfatizando as dificuldades enfrentadas pelos brasileiros acerca da saúde pública no Brasil. Fato este, que evidencia o problema e envergonhando a qualquer cidadão. Os hospitais públicos, na maioria das vezes, não suporta a demanda da população, que arrastam pelos corredores mendigando por um atendimento médico. Será que tantos impostos arrecadados no país, não são suficientes, pelo menos para amenizar um pouco o problema? Será que a saúde no país é menos importante que interesses privativos do governo? O Brasil estar entre um dos países da América Latina, que mais fatura com arrecadação de impostos. O governo, entretanto, diz não ter verbas suficientes para investir na saúde pública. Este mesmo governo, que nos nega o direito à saúde, investe ?milionáriamente? em projetos privados, como por exemplo, as obras do estádio do Corinthians, na cidade de são Paulo. Portanto, em virtude dos fatos, fica claro o descaso com a saúde pública, por parte do governo. É verídico que o Brasil tenha sim, verbas suficientemente para acabar com o problema da saúde no país, o que falta na verdade, são pessoas compromissadas com a democracia e com o respeito ao ser humano. O mais vergonhoso de tudo isso, é o fato de haver desvio de dinheiro público a empresas privadas, e que deveria estar sendo usado para solucionar problemas públicos, como estes da saúde pública no país.

Ana Rosa loyola - 09/12/2011 - 06h26 - Deus queira que, que realmente haja mais humanização nos hospitais, e não procedimentos automáticos, sem preparo, sem seus salários ser revistos pelo governo, que faz esses profissionais se desdobrarem para ter pelo menos, uma sobrevivência digna. Deveria ser também abrangente a formação desses profissionais, para que haja menos erros acometidos por eles, e o Ministério da Saúde, Secretaria de saúde, priorizar o ensinamentos nas escolas, curso etc, para que a população sinta-se mais segura , ao dar entrada em hospitais tanto privado , como Público. Os erros acontecem, por falta de atenção aos profissionais e a tarefa árdua, que é lidar com a vida dos pacientes, tanto comprometendo a deles também. O povo está clamando por Socorro, tratamento IGUALITÁRIO, não é isso que está na Constituição? então que se faça cumprir, e não visto com seriedade pelos nossos governantes. A SAÚDE É DIREITO DE TODOS. O povo Brasileiro, precisa ser melhor visto , principalmente, as pessoas mais carentes, essas , que vejo jogada em corredores de hospitais, parecendo indigentes , nada, morrendo, e ninguém se mexe. Eu fico super revoltada, impotente, de não poder fazer nada por eles. Chega, de corrupção. desvio de verbas, de tantas pessoas desonestas, que se preocupam com o seu EU, e que se dane todo mundo. Hoje, estamos de pé, com saúde, amanhã, não sabemos,o que nos espera. Quero sempre acreditar, que esse País irá mudar, colocaremos fé, em nossos governantes, e esperamos respostas, a atuação dos mesmos.QUEREMOS SAÚDE, E NÃO DOENÇA. PREVENÇÃO, é a chave para termos saúde, que envolve tantas coisas, para que não fiquemos doentes. A POPULAÇÃO, precisa alimentar-se melhor. A SAÚDE NÃO ENVOLVE TAMBÉM ISSO? porque se nos alimentarmos direito, não chegaremos com tanta facilidade aos hospitais, se as nossas crianças, fosse mais bem assistidas, os hospitais, não estariam superlotados. Isso é só um desabafo, se eu fosse me expressar, por tantas coisas que repudio, não pararia de escrever.

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