sábado, 21 de janeiro de 2012

ABSURDO - SECRETARIO DE MINISTÉRIO MORRE POR NÃO TER DINHEIRO NA MÃO PARA PAGAR ATENDIMENTO


ASSISTÊNCIA MÉDICA. Presidente pede que morte seja apurada. Secretário do Ministério do Planejamento teria morrido sem atendimento - ZERO HORA 21/01/2012

Um dia após o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, sofrer um infarto, a presidente Dilma Rousseff pediu que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, apure as circunstâncias da morte. Duvanier morreu na madrugada de quinta, aos 56 anos. Ele teria tido atendimento recusado em dois hospitais particulares em plena crise cardíaca.

A conversa de Dilma com Padilha ocorreu na noite de quinta-feira. Segundo a assessoria de imprensa do Planalto, a informação de que poderia ter ocorrido negligência médica no atendimento a Duvanier chegou à presidente após a divulgação de uma nota de pesar pela Presidência da República. O ministro, por sua vez, acionou a Agência Nacional de Saúde (ANS), que é a gestora dos planos de saúde, para que providências sejam tomadas.

De acordo com o jornal Correio Braziliense, Duvanier, que era porta-voz do governo junto a representantes dos servidores públicos, se sentiu mal em casa e foi levado aos hospitais Santa Lúcia e Santa Luzia, instituições de referência em Brasília.

Plano de saúde do secretário não teria sido aceito

Duvanier não teria sido atendido porque seu plano de saúde supostamente não era aceito nas duas unidades. O secretário era conveniado ao Geap – plano de saúde que atende os servidores públicos federais. Ele também não portava cheque para caução. Quando chegou a um terceiro hospital, os médicos não conseguiram reanimá-lo.

Segundo nota de pesar divulgada pela presidente, o secretário “teve uma trajetória política destacada, tanto no movimento sindical quanto no governo”. A nota ainda ressaltava que “sua inteligência, dedicação e capacidade de trabalho farão muita falta à nossa administração”.

No cargo desde 2007, Duvanier foi interlocutor em boa parte das negociações que garantiram os maiores reajustes ao funcionalismo no segundo mandato do governo Luiz Inácio Lula da Silva. O secretário foi da Central Única dos Trabalhadores (CUT), era amigo e participou da equipe de governo da atual senadora Marta Suplicy (PT), na prefeitura de São Paulo.

Ele estava próximo de uma promoção na equipe da ministra Miriam Belchior para o recém-criado cargo de secretário de Relações de Trabalho, para negociação de acordos salariais com o funcionalismo.

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