sábado, 16 de julho de 2011

COLAPSO NA SAÚDE GAÚCHA


Clínicas atinge o triplo da lotação. Só casos graves, que envolvem risco de vida, estão sendo admitidos no setor de emergência - ZERO HORA 16/07/2011

A emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) voltou a entrar em colapso. Na tarde de ontem, com 150 pacientes em um espaço que só comporta 49, a direção foi obrigada a suspender temporariamente cirurgias e internações de casos sem urgência ou risco de vida.

Aocupação atual repete quadros já vivenciados duas vezes nos últimos 12 meses. Em agosto de 2010 e março passado, o setor que atende casos de urgência e emergência já havia registrado a marca de 150 pacientes em atendimento ou à espera de leitos. Macas, bancos e cadeiras excedentes foram totalmente ocupadas.

– Com a onda de frio, todas as emergências da cidade estão superlotadas. O gestor municipal da saúde é que tem de dar alternativas às pessoas. Onde vamos colocar os pacientes? – questionou Helena Barreto dos Santos, médica do setor.

Apesar da sobrecarga, a emergência não fechou. Porém, apenas pacientes com casos graves, com risco de vida, estavam sendo admitidos. A decisão de suspender cirurgias e internações sem gravidade teve como objetivo liberar leitos para acomodar pacientes da emergência. As equipes médicas também passaram a agilizar as altas dos pacientes que pudessem continuar o tratamento de saúde em casa.

A maioria dos casos envolve doenças respiratórias. Pelos corredores amontoados, semblantes de dor e cansaço estavam na face dos doentes. Com tanta gente à espera de um leito, a paciência é o maior pedido implícito da equipe do hospital aos pacientes.

– Aqui exercemos um atributo básico: a paciência. Quem não tem, fica mais doente – afirmou Luiz Alberto Wingert, 56 anos, de Igrejinha, que desde quarta-feira aguarda um leito.

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que monitora 24 horas por dia a situação das emergências e está remanejando pacientes para hospitais menos lotados. Ontem, foi reaberta a emergência da Santa Casa. A SMS avalia que a carência de leitos na Região Metropolitana contribui para superlotar o Clínicas e o Conceição.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Este é o reflexo da corrupção salvaguarda pelo descontrole governamental, pelas medidas benevolentes do judiciário, pelo sistema processual burocrata e corporativista e por uma legislação fraca, anacrônica, burocrata, privilegiante e anti-cidadã. Está faltando o retorno do espírito patriótico e solidário do povo brasileiro para uma grande revolução nestas mazelas que impedem o controle do dinheiro público para focar investimentos nas áreas social, saúde, segurança e educação.

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