segunda-feira, 9 de julho de 2012

FALHAS NA SAÚDE

ZERO HORA 09 de julho de 2012 | N° 17125

EDITORIAL


A coincidência entre a superlotação das emergências em grande parte dos hospitais gaúchos, particularmente nos maiores centros urbanos, e o alerta devido ao recorde de casos de gripe A chamam a atenção para a necessidade de o poder público acelerar providências até agora relegadas a um segundo plano. Saúde, particularmente, é uma área na qual, sempre que as medidas preventivas falham, os danos se mostram sérios demais. Em consequência, o poder público e a sociedade acabam arcando com um custo muitas vezes insuportável, sob o ponto de vista humano e financeiro, embora perfeitamente evitável se as providências necessárias tivessem sido tomadas no devido tempo.

No caso da gripe A, o fato de as vacinas estarem restritas hoje na rede pública e limitadas nas clínicas privadas reforça a importância da mobilização dos prefeitos. Dirigentes da Federação das Associações de Municípios (Famurs) estarão inclusive reunidos hoje para traçar estratégias locais, juntamente com autoridades estaduais. Como é impossível imunizar toda a população, providências simples mas eficazes precisam ser apressadas para conter a disseminação do problema. A preocupação é ainda mais relevante no caso de creches e turmas de educação infantil.

O drama imposto por falhas na vacinação, que precisam ser corrigidas, não deve ocultar o registrado cotidianamente nas emergências hospitalares. Até porque já há novos problemas pela frente, com a superlotação também em unidades de Pronto-Atendimento (PAS), vistas como alternativa para evitar a sobrecarga nas emergências hospitalares.

Mais uma vez, o recrudescimento de problemas previsíveis como esses chama a atenção para a importância de o poder público procurar se antecipar permanentemente aos fatos em áreas como saúde pública. Se a sociedade for orientada adequadamente para se unir a esse esforço coletivo, os resultados tendem a se mostrar mais promissores.

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