segunda-feira, 16 de julho de 2012

GRIPE A: TRATAMENTO TARDIO

ZERO HORA 16 de julho de 2012 | N° 17132

FOCO NO TRATAMENTO

 

Mortos em SC tiveram tratamento tardio


Dados preliminares do inquérito realizado pelo Ministério da Saúde e pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina apontam que, entre 28 vítimas de gripe A no Estado, metade teve tratamento tardio.

O resultado faz parte da pesquisa, iniciada em 18 de junho, que pretende fornecer um perfil dos primeiros mortos pela gripe A neste ano. SC lidera o ranking de mortes pela doença no país. Das 148 mortes registradas pelo Ministério da Saúde até o último dia 10, 52 foram no Estado.

O levantamento em parceria com o Ministério da Saúde sinalizou que 50% dos pacientes em questão tomaram o antiviral Oseltamivir mais de cinco dias após o início dos sintomas. O acesso rápido ao remédio conhecido comercialmente pelo nome Tamiflu pode evitar agravamento dos casos e a ocorrência de mortes. O diretor da Dive, Fábio Gaudenzi de Faria, atribui o tratamento tardio a dois fatores: à demora na busca por atendimento pelos pacientes e a não-prescrição de medicamento pelos profissionais da saúde.

– Ou essas pessoas não chegaram ao tratamento em tempo hábil, por acharem que não era grave, ou já tinham sido avaliadas e quem as atendeu não prescreveu medicação por achar que não fosse necessário – destacou Fábio.

A análise apontou ainda que, entre os mortos pela enfermidade, 85% tinham doenças crônicas, como obesidades e diabetes, e não tinham sido vacinados. As principais doenças identificadas foram cardiopatias, pneumopatias, obesidade e diabetes, principalmente entre homens de 40 a 59 anos.
Hora da segunda dose
Crianças com idade entre seis meses e dois anos que foram imunizadas pela primeira vez este ano contra a gripe A devem retornar aos postos de saúde para receber a segunda dose da vacina. O alerta é do pediatra e presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri. Ele explica que o intervalo ideal entre a aplicação da primeira e da segunda dose é 30 dias, mas ressalta que quem já completou 45 ou mesmo 60 dias ainda deve procurar receber o reforço.
– A segunda dose garante uma proteção adequada. Uma dose somente, aplicada nas crianças e quando se trata da primeira vez, não é suficiente para uma proteção adequada – reforçou.

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