quarta-feira, 21 de agosto de 2013

PREFEITURAS QUE FRAUDAM A SAÚDE


ZERO HORA 21 de agosto de 2013 | N° 17529

GIOVANI GRIZOTTI | RBS TV

REMÉDIOS. Prefeituras investigadas por fraude na saúde


Mais de 20% das prefeituras gaúchas são investigadas por suspeitas de fraude na compra de medicamentos. O primeiro inquérito da operação realizada há dois anos no norte do Estado será entregue à Justiça Federal até o fim do mês que vem. Pelo menos cem pessoas devem ser indiciadas.

Duas salas inteiras na Polícia Federal de Passo Fundo são usadas para guardar mais de 300 inquéritos referentes ao esquema, que tem ramificações em sete Estados. Mas é no Rio Grande do Sul que está a maior parte das prefeituras investigadas – o número chega a 114. De acordo com a Polícia Federal, há provas para indiciar secretários de saúde, funcionários e até prefeitos da maioria dessas cidades.

– Era o conluio entre os participantes, que já iam com a proposta basicamente fechada. Então, para determinado município, as empresas que participavam já sabiam quem era o ganhador – afirma o delegado Mauro Vinicius Soares de Moraes, chefe da Polícia Federal na cidade de Passo Fundo.

Quando a operação foi realizada, em maio de 2011, eram apenas oito as prefeituras gaúchas suspeitas de fraude na compra de medicamentos com verbas do programa Farmácia Popular, do governo federal.

PF diz que 30 empresas são alvo de apuração

A investigação da Polícia Federal cresceu depois da análise da documentação e de mais de 120 computadores apreendidos durante o cumprimento de 70 mandados de busca e 58 de prisão. Conforme a Controladoria-Geral da União (CGU), os envolvidos combinavam preços para vencer as licitações.

– Esse grupo de empresas participava da licitação acordado entre eles fazendo com que uma das empresas fosse a ganhadora e fazendo rodízio. Isso entre os diversos municípios – explica Fabio Valgas, chefe da Controladoria Regional da União no Rio Grande do Sul.

Segundo a Polícia Federal, 30 empresas estão sendo investigadas. Os presos durante a operação estão em liberdade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário