domingo, 16 de setembro de 2012

A SAÚDE PEDE SOCORRO

CORREIO DO POVO, 16/09/2012


Taline Oppitz


Apontada pela população como a prioridade entre as prioridades nas eleições a cada dois anos, a saúde no país, infelizmente, tem acumulado sucessivas manchetes negativas. 

Os dados mais recentes foram divulgados sexta-feira pelo Conselho Federal de Medicina, que realizou levantamento com base em dados oficiais do Ministério da Saúde.  De acordo com as informações, 42 mil leitos do SUS foram desativados nos últimos sete anos, o que dá uma média de 6 mil leitos extintos por ano em diversas regiões do país. 

Os setores mais afetados são psiquiatria, pediatria, obstetrícia, cirurgia-geral e clínica-geral. O Ministério da Saúde questionou a logística de avaliação dos números, mas, diariamente, quem depende do sistema sente na pele as deficiências dos serviços. 

No Rio Grande do Sul, apesar do esforço do governo e da previsão no orçamento para 2013, não há garantia de que o índice hoje aplicado na saúde, que está em cerca de 6% da receita, seja dobrado para garantir o cumprimento dos 12% que deveriam ser destinados à área segundo a Constituição. 

Paralelamente, os 239 hospitais filantrópicos e santas casas, responsáveis por cerca de 75% dos atendimentos do SUS no Estado, têm déficit anual de mais de R$ 300 milhões e acumulam dívidas que chegam a R$ 600 milhões.

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