domingo, 2 de setembro de 2012

DE NOVO, A SAÚDE

ZERO HORA 02 de setembro de 2012 | N° 17180

PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA



Não é só por intuição dos candidatos e seus marqueteiros que a saúde é o tema dominante na propaganda de rádio e TV em Porto Alegre. A pesquisa do Ibope mostra que a saúde é líder absoluta no elenco de prioridades dos eleitores porto-alegrenses. Quando os pesquisadores pediram aos entrevistados para citar a área em que Porto Alegre está enfrentando maiores problemas, metade respondeu saúde. Segurança, segunda colocada, só foi mencionada por 13% dos eleitores, e a educação, por 11%.

Convidados a apontar três áreas em que a população de Porto Alegre está enfrentando os maiores problemas, os eleitores mantêm a saúde no topo do ranking. Somando-se as indicações em primeiro, segundo e terceiro lugares, saúde é preocupação de 79% dos eleitores. A segurança está entre as três prioridades de 51% dos entrevistados, e a educação, de 49%.

Nas campanhas modernas, os candidatos orientam os programas de rádio e TV por pesquisas qualitativas e quantitativas. Delas vem a informação de que a saúde está no topo da lista de prioridades. O trabalho das equipes de marketing é encontrar o tom adequado para o candidato abordar na campanha.

Fortunati, que responde por uma administração aprovada por 67% dos porto-alegrenses e investe em saúde mais do que a Constituição exige, antecipou-se às críticas dos adversários. Logo que começou a propaganda de rádio e TV, o prefeito puxou o assunto saúde para dizer que reconhece as deficiências, mas que seu governo está trabalhando para aumentar o número de leitos, agilizar as consultas e melhorar o atendimento.

Sintonizados com a voz das ruas, os candidatos de oposição carregam nas críticas e apontam soluções que, em geral, passam pela informatização da rede e pelo teleagendamento, para acabar com as filas. A essas medidas, se somam o aumento do número de leitos, a ampliação do quadro de médicos e enfermeiros e a contratação de serviços de terceiros para suprir as demandas da rede pública.

A pesquisa reflete o bom momento da economia: geração de empregos, que já foi uma das maiores preocupações dos porto-alegrenses, só foi mencionada como prioridade número1 por 2%. E só está entre as três maiores preocupações de 13%. O trânsito, presente em quase todas rodas de conversa da classe média, só é a maior preocupação para 3% dos eleitores. Está entre as três maiores para 18%.

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