segunda-feira, 3 de outubro de 2011

DEMANDA POR VAGAS NA CAPITAL

Secretária Suzete cita dificuldades em conseguir leitos em Porto Alegre - CORREIO DO POVO, 03/10/2011

Mesmo investindo 23,56% de seu orçamento na Saúde, Capão da Canoa não escapa de críticas da população. Uma delas foi feita por Elisângela Cardoso Andrades. No terceiro mês de gestação, na última sexta-feira, estava na fila do Centro de Vigilância para marcar exame de sangue. Sua queixa se referia a um caso ocorrido há oito meses com seu filho de 1 ano. Com problema no pulmão e coração, foi internado e era preciso levá-lo a Porto Alegre. "Ninguém queria transportá-lo, pois ele poderia morrer no caminho. Foi preciso pedir uma ambulância de Torres. Isso demorou das 16h às 23h do mesmo dia." A criança foi salva e fará uma cirurgia em 26 de outubro.

A secretária da Saúde do município refutou a crítica. De acordo com Suzete Pereira, a prefeitura não se recusa a levar os pacientes quando o médico autoriza. O que ocorre, explicou, é uma visão "distorcida" dos moradores. "Acreditam que basta colocar em uma ambulância e seguir para a Capital. Mas levar para onde, se os hospitais estão todos lotados?", questionou a secretária.

Citou que muitas vezes há mandado judicial, mas os hospitais da Capital não têm leitos. Ela lembra um caso em que uma mulher portadora da síndrome de Steve-Johnson - reação alérgica grave - tinha que ser transportada a Porto Alegre. Precisava ficar isolada. "Procuramos a vaga por 72 horas. Já é difícil conseguir vaga em uma UTI normalmente, imagine uma que tinha que ser isolada."

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