quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O CÚMULO DO PROTOCOLO - SAMU SERÁ INVESTIGADA

SEM ATENDIMENTO. Samu será investigado após morte de jovem - ZERO HORA 13/10/2011

O Conselho Regional de Medicina do Estado (Cremers) vai abrir uma sindicância hoje para investigar se houve erro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Porto Alegre ao recusar atendimento a uma estudante de enfermagem. Gabriela Franciscatto, 22 anos, morreu na noite de terça-feira no Hospital Dom Vicente Scherer. Ela havia passado mal na manhã de segunda-feira, mas não foi socorrida pelo Samu porque a amiga que pediu ajuda não estava com a jovem.

Conforme amigos, Gabriela teve um AVC hemorrágico, o que não foi confirmado pela assessoria de imprensa do hospital. O presidente do Cremers, Fernando Matos, afirma que o caso expõe falhas do serviço:

– Como uma jovem morreu sem o atendimento prestado, o nosso dever é abrir imediatamente a investigação para saber o que ocorreu. Vamos comunicar a promotoria federal, do Estado e do município para que entrem junto conosco na investigação.

Conforme Lorena da Silva, 40 anos, a amiga sentiu-se mal por volta das 11h de segunda. Gabriela morava sozinha em um apartamento no bairro Cidade Baixa. Por telefone, a estudante de enfermagem, natural de Frederico Westphalen, disse que estava com muita dor de cabeça e não sentia um lado do corpo. Lorena, que não estava na Capital, tentou acalmar a amiga, pedindo para ela chamar o síndico do prédio ou amigas que estivessem mais próximas. Enquanto isso, Lorena ligaria para o Samu.

Ao telefonar para o serviço, ela recebeu a informação de que nada poderia ser feito, pois o chamado deveria partir da própria vítima ou de alguém que estivesse ao lado dela – assim, o médico poderia avaliar a situação e enviar ajuda.

Nervosa, ela ligou para Gabriela e voltou a pedir que chamasse ajuda e, caso não conseguisse, voltasse a ligar. Gabriela chegou ao HPS apenas às 15h de segunda, levada por amigos. No final da tarde, foi transferida para o Dom Vicente Scherer.

Contraponto

O que diz o médico Jader Gus, responsável técnico pelo Samu na Capital - O protocolo do serviço exige que o chamado para atendimento seja feito pela própria vítima ou por alguém que esteja no mesmo local que ela. A exigência tem por objetivo evitar trotes e fornecer o maior número de detalhes possível, a fim de atender a vítima da melhor maneira.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - As equipes de emergência pública deveriam ficar a cargo dos Corpos de Bombeiros, como era antes. Emergência é serviço do Estado e nada melhor que a equipe do Corpo de Bombeiros militar tenha esta função.

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