Dinheiro desviado serviu para pagar propina, diz promotor. Valor pago por um instituto pode chegar a R$ 120 mil, segundo o Ministério Público. Operação em Londrina resultou em 15 prisões, incluindo procurador - Bonde News, LONDRINA, Rádio Paiquerê AM, 10/05/2011
Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (10), o promotor do Gaeco, Claudio Esteves, explicou detalhes da Operação Antisepsia que resultou na prisão do procurador-geral do município, Fidelis Canguçu, e outras 14 pessoas.
De acordo com o promotor, os institutos Atlântico e Gálatas, contratados em caráter de urgência para prestar serviços na área da saúde em Londrina, desviaram recursos superfaturando valores ou obtendo notas frias para justificar serviços não prestados. Por consequência, o dinheiro arrecadado a mais foi usado para pagar propina a agentes públicos.
Uma testemunha disse que o valor de propina paga por um dos institutos chegaria a R$ 120 mil.
Esteves informou que além da prisão de 15 pessoas, diversos documentos foram apreendidos. O promotor não quis especular o total de dinheiro desviado nem qual teria sido a participação de cada um. Ele apenas se limitou a falar da existência do crime.
"A nossa suspeita é de que parte dos recursos pagos pelo municipio para a prestação do serviço não tenham sido empregados para a finalidade que se destinava".
A partir de agora, todas as pessoas presas serão ouvidas e os documentos passarão por análise para que a denúncia seja feita pelo Ministério Público. Só ao final da investigação é que os detalhes da participação de cada envolvido e como eles agiram serão conhecidos. Eles podem responder por diversos crimes, entre eles formação de quadrilha.
Na investigação do Gaeco, o promotor disse que não foram encontrados indícios de que o prefeito Barbosa Neto (PDT) teria participado do esquema. Porém, Claudio Esteves declarou que o prefeito pode eventualmente ser chamado para depor, por ter informações importantes para a investigação.
Na operação desta manhã, também foram apreendidos dois veículos, que estariam sendo transferidos para o nome da esposa de Fidelis Canguçu, três armas e cerca de R$ 20 mil que não faziam parte do objeto da investigação.
No Brasil, a saúde pública é tratada com descaso, negligência e impostos altos em remédios e tudo o que faz bem à saúde. Médicos e agentes da saúde são poucos e mal pagos; As pessoas sofrem e morrem em filas, corredores de ambulatórios e postos de saúde; As perícias são demoradas e burocracia exagerada; Há falta de leitos, UTI, equipamentos, tecnologia, hospitais e postos de saúde apropriados para a demanda; A impunidade da corrupção desvia recursos e incentiva as fraudes.
terça-feira, 17 de maio de 2011
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